É uma cirurgia de remodelamento da córnea – a parte mais externa e transparente do olho – para correção da visão, reduzindo a dependência de óculos ou lentes de contato. Este procedimento está indicado para casos de miopia, hipermetropia ou astigmatismo e visa dar maior liberdade para o paciente, tanto do ponto de vista estético quanto para atividades que exijam boa visão e durante as quais o uso de óculos se torne desconfortável, por exemplo atividades esportivas e aquáticas. Existem várias técnicas para realizar este remodelamento, sendo as mais comuns LASIK e PRK.
LASIK
Neste procedimento criamos uma lamela (ou flap) na parte anterior da córnea – este corte pode ser feito da forma tradicional com uso de uma lâmina (microcerátomo) ou da forma mais moderna com o uso do laser de femtossegundo. Esta lamela é levantada para a apliacação do laser de remodelamento (excimer laser) e colocada novamente no lugar, sem necessidade de pontos.
PRK
Neste procedimento não há criação de lamela, portanto há menor impacto para a estrutura da córnea. A camada de células mais externa da córnea (epilélio) é removida e o excimer laser é aplicado. Ao final, coloca-se uma lente de contato para proteção e diminuição do desconforto. Esta lente deve permanecer por cerca de 07 dias e é retirada pelo médico no consultório.
Embora no PRK a recuperação seja um pouco mais lenta, a médio e longo prazos as duas técnicas tem resultados semelhantes. O importante é que todas as variáveis sejam analisadas, para que seja escolhida a técnica mais adequada para cada paciente.
Quem pode se submeter a esta cirurgia?
O candidato ideal para a cirurgia refrativa deve ter mais de 21 anos e estar com a visão estável (sem mudanças significativas do grau dos óculos) por um período mínimo de 6 a 12 meses. Além disso, é importante que o paciente tenha todas as suas dúvidas esclarecidas, para alinhar suas expectativas em relação aos resultados.
Algumas condições podem representar contra-indicações – relativas ou absolutas – ao procedimento, tais como:
doenças oculares: olho seco, herpes, córneas muito finas ou de formato irregular, catarata, glaucoma avançado
doenças sistêmicas: lupus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide gravidez e lactação
Existem riscos?
Como em qualquer cirurgia, pode haver complicações que afetem consideravelmente a visão do paciente. Estes casos são muito raros e incluem hipocorreção do grau desejado, perpetuação da dependência dos óculos, olho seco, infecções ou inflamações, deslocamento da lamela, cicatrização anormal e alteração do formato da córnea.
Como minimizar os riscos?
Escolha um profissional capacitado. Ele será capaz de fazer todas as avaliações necessárias para indicar a técnica mais adequada para cada caso, além de tirar dúvidas e identificar as pessoas que não devem realizar a cirurgia, indicando alternativas. É importante ressaltar que para realizar os exames antes da cirurgia, o paciente deve ficar 14 dias sem uso de lentes de contato.
Quais os cuidados necessários antes da cirurgia?
Os pacientes não devem usar lentes de contato por 14 dias antes da cirurgia. No dia programado, faça uma refeição leve e use roupas confortáveis. A cirurgia é feita com o paciente acordado e dura cerca de 10-15 minutos para cada olho. O paciente retorna para casa no mesmo dia, devendo estar acompanhado de um responsável para ir embora.
Como é o pós-operatório?
O paciente usará um tampão acrílico para proteção ao dormir e deverá usar os colírios prescritos, bem como medicações para dor caso seja necessário. Serão agendados retornos no dia seguinte, com uma semana, um mês, seis meses e um ano. Geralmente os pacientes retornam às suas atividades habituais depois de 03 dias.
Para maiores esclarecimentos, procure seu oftalmologista!
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